Trocar os aros acarreta diferentes impactos na dinâmica do veículo
A resposta para ambas as questões é “depende”. Se as rodas maiores receberem um pneu com o mesmo perfil do anterior, o diâmetro do conjunto será maior.
Isso fará com que a relação de marcha seja alongada, o que pode resultar em uma pequena melhora no consumo por conta do motor funcionando em rotações menores – mas as acelerações ficarão piores na mesma proporção.
O velocímetro será descalibrado e tanto o ABS quanto os controles de tração e estabilidade podem ser afetados.
Rodas maiores também são mais pesadas e geralmente exigem pneus mais largos, situações que aumentam o consumo de combustível.
Já a alteração na estabilidade é relativa. Por um lado, pneus de perfil baixo se deformam menos em curvas e permitem melhor aderência e menor transferência de peso lateral; por outro, o conjunto mais pesado também aumenta a massa não suspensa.
Esse peso inclui os freios e não é controlado pela suspensão. Por conta disso, caso ele seja elevado, a dinâmica do carro será prejudicada.
Moleza favorável
Atualmente a Fórmula 1 usa pequenas rodas de 13″, com pneus de 30,5 cm de largura na dianteira e 40,5 cm na traseira.
Como os compostos possuem perfil elevado, as equipes usam essa característica para compensar a suspensão mais dura.
A borracha lateral se torna um elemento elástico, e ajuda a absorver os impactos contra a zebra e ondulações antes do choque chegar aos braços da suspensão.
A categoria, porém, irá passar por alterações profundas na temporada de 2021. As mudanças incluem o uso de rodas maiores (18″) e, consequentemente, pneus de perfil menor.
Essa modificação vai exigir uma nova engenharia da suspensão, que terá que ser mais macia.